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Nosso negócio não é cerveja, nem hambúrguer ou ketchup, é gente - Jorge Paulo Lemann.


Segundo o empreendedor, sua meta não é criar novos negócios, mas oportunidades para que os funcionários se desenvolvam.


Um dos fundadores do 3G Capital, Jorge Paulo Lemann é conhecido pelas gigantes aquisições realizadas nos últimos anos e pelo apurado senso de oportunidade, que deram a ele e seus sócios o controle de grandes companhias como a Kraft Heinz, o Burger King e a maior cervejaria do mundo: a AB InBev.


Podem passar os anos, mudar o foco dos investimentos e até o valor das aquisições, mas uma coisa Jorge Paulo Lemann sempre acreditou: quem faz uma empresa são as pessoas.


 

Com esse tema em mente, não faltaram perguntas relacionadas à cultura e gestão no bate-papo que ele fez com empreendedores e mentores da rede da Endeavor neste ano.


Veja algumas das principais lições desse papo:


1) Nós não criamos novos negócios. Criamos novas oportunidades para as pessoas crescerem.


“Nós temos treinamento de trainees e gente muito jovem porque queremos ter pessoas dentro de casa que são capazes de realizar o crescimento que nós acreditamos ser possível. Nossa máquina depende sempre de gerar oportunidades para os jovens que treinamos, que são excepcionais e têm muita sede por desafios.”


“É por isso que nós somos sempre obrigados a inventar novidades que dão oportunidades para as pessoas que trabalham conosco. Talvez seja essa a razão de termos todo ano mais de 100 mil candidatos a trainee para as 40 vagas da Ambev.”


2) Reúna o time certo e você vai andar mais rápido.


“É difícil fazer alguma coisa sozinho. Juntando o time certo você anda mais rápido e vai mais longe.”


“Quando eu comecei no mercado financeiro, com grandes bancos dominantes e sem muito espaço, a oportunidade que vi foi atrair a melhor equipe possível: Claudio Haddad, Beto [Sicupira], Marcel [Telles], André Lara Resende…Pessoas excepcionais que ajudaram a construir o negócio.”


3) Em uma cultura, tem que ter competitividade e colaboração.

“O ideal é uma mistura das duas [competição e colaboração], mas também é importante mensurar qual você quer ver mais presente. A Ambev atrai quem gosta de competir e esse estilo tem funcionado bastante.”


“Mas, mesmo por lá, os bônus dependem dos resultados gerais, o que faz as pessoas cooperarem entre si para que todos atinjam os resultados. É preciso adaptar sua empresa para a cultura que der mais resultados.”


4) Na aquisição de novas empresas, sempre surge uma cultura híbrida.

“Nas empresas que adquirimos, entrevistamos os executivos principais, apresentamos a nossa cultura e eles apresentam a deles. Então, entendemos o que dá para modificar e adaptar.”


“Na Heinz, por exemplo, uma empresa de 10 mil funcionários, levamos 50 pessoas, conversamos com quem estava lá e chegamos em uma cultura comum. Nesse processo, muitas pessoas mais antigas foram embora, por isso foi mais fácil implementar algo mais próximo do que nós somos mesmo com apenas 50 pessoas.”

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